Sexta-feira, 30 de agosto de 2008, 13h... estou inscrita em uma "tour" pelo campus da universidade, tarefa exigida por uma das disciplinas, com a finalidade de fotografar partes do campus Tempe da ASU e descobrir novas "facetas" da "New American University". Esse é a primeira fotografia, ao fundo vocês podem perceber a enorme "A" incrustrado na Big Mountain... ele está branco, mas neste mesmo dia será pintado de amarelo Gold, simbolizando o início de um novo semestre!
Tarde de muito calor, eu e minhas Havaianas estamos preparadas para o tour!
Tudo começa com uma hora de chatice, o "pregador" fica uma hora falando sobre as maravilhas da universidade (em uma sala, com ar condicionado!) para os pais e os futuros alunos da ASU (em torno de 35 pessoas). "Aqui tudo gira em torno de três palavras: ACESSO, INCLUSÃO e EXCELÊNCIA" - são estas as palavras do pregador... "Uau, vou comprar!!" Hehehe... eu, aguardando, cansada, não vejo a hora do "tour" começar.
Às 14h30, somos divididos em pequenos grupos, faço parte do primeiro, juntamente com dois pais e três possíveis futuros estudantes. Eu, minhas Havaianas e minha máquina fotográfica, iniciamos o passeio. A guia é uma jovem americana, que anda de costas com uma impressionante habilidade e fala em quantidades e mais rápido do que o "Homem da Cobra"... ela tem um roteiro a cumprir e nem uma parada é aceita: enquanto tento parar por alguns segundos para conseguir alguma imagem legal, o grupo já está 20 passos à frente... preparo a foto, corro pra acompanhar o grupo. Começo a pensar que esta história de inclusão já está meio falha... (muitas risadas!)
Aproveito para filmar um pouco a caminhada, a postura da guia é muito engraçada, ela parece falar para as árvores e após 45 segundos de caminhada já se diz "doida para entrar num prédio refrescante". Acompanhamos a moça, que nos leva a uma típica sala de aula americana... a dica dela e muito preciosa: "Sentem nas primeiras filas, próximo ao professor, vocês renderão muito mais e o professor notará a presença de vocês... quem senta atrás demonstra que não quer aprender" - UAU, que aula! Pobre "turma do fundão"!!
O prédio fotografado abaixo é um dos mais modernos da universidade e fica exatamente em frente ao prédio mais antigo (foto seguinte), datado de 1885, ano de fundação da ASU.
O caminho segue, passamos pela ponte da universidade, que cruza um avenida bem movimentada (College Avenue) e nos encaminha para o lado oeste do campus (parte nova pra mim!), onde está localizado o Estádio de Football, casa do Sun Devil e - pasmem! - estádio onde foi gravado o filme "Jerry Maguire"... informações preciosas, não posso perder!
E é em meio a essas novidades que o acidente acontece: minha Havaianas do pé esquerdo arrebenta, solta as tiras e eu me vejo sem poder caminhar... longe de casa, sem grana, sem celular pra ligar por 911, tento pensar rápido - mas a guia já se mandou, junto com toda a trupe! tento pedir ajuda aos estudantes que trabalham no balcão de informações mais próximo: peço por uma cola, durex, qualquer coisa. Eles dizem que a única coisa que têm é um grampeador. OK, vou tentar... depois de umas 20 perfuradas, desisto... passo pra outra sala, buscando ainda mais ajuda... outro grupo de funcionários diz não saber como me ajudar, peço por cola, durex, etc... me conseguem uma cola de papel, aquelas "Cascolar", tá ligado? Tento, fazer o quê? Foram mais simpáticos do que os anteriores... a moça tenta: "vai ali na lojinha, eles tem chinelos da universidade bem baratinhos" e eu: "No money!" Tento rir, lembro da mãe me incomodando: "Leva sempre um dinheirinho contigo, se precisar pro táxi" Tudo o que eu queria agora era um táxi... sento numa das poltronas pra pensar e meu "grupo de tour" passa pelo caminho novamente. Chamo pela guia: "Hey, tô aqui"... ela não me escuta! Quase me atropela e segue falando, falando, falando...
Decido caminhar (um pé descalço, outro na Havaianas que ainda resta!) até a lojinha... peço ajuda pro vendedor, digo que preciso tentar consertar o chinelo e ele começa a olhar na loja que coisas podem ajudar. Explico que não tenho dinheiro, queria saber se ele tem algo, "uma cola, uma fita durex..." pra me ajudar. Ele logo muda de postura: "Não posso ajudar". OK, não é nada sobre acesso e inclusão... hehehe!
Nesta hora, consigo juntar os neurônios: o espírito McGiver toma conta do meu ser! Sim, minha borrachinha de cabelo serve pra quê? Pra resolver todos os problemas... bom, quase todos. Me preparo para a longa viagem até minha casinha (que normalmente duraria uns 15 minutos, tem o seu tempo drobrado): em 30 minutos chego sã e salva, cansada, suada e pensando com minhas Havaianas: "Onde mesmo ficou a tal de Excelência?" Talvez na sombra, esta mesma que sobrou pra mim...
2 comentários:
Suzi...muito boas as tuas cronicas...Eu já tive 2 desta havaiana e arrebentaram, só que não foi longe de casa...Vejo quevctem colocado muito em prática o curso de fotografia, que legal...Tudo de bom pra vc!!! Bju ,e de vez em qdo dou uma passadinha aqui para ler as suas estórias e ver as fotinhus...
Oi, Poliana! Legal teu comentário e a tua "participação" no blog! Valeu, estaremos sempre em "contato"! Beijos
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