29/03/2012

PARABÉNS PRA GIGI!

VIVA A GI, VIVA A PATI E VIVA O XANDE!! DOIS ANOS DE UM AMOR INCOMENSURÁVEL, DE UMA ESPERTEZA SEM TAMANHO E DE UMA BELEZA SEM IGUAL! E DE UMA PESSOA MUITO, MUITO ESPECIAL E RECHEADA DE AFETO QUE SÓ VEIO PARA NOS FAZER AINDA MAIS FELIZES! PARABÉNS, GI! BEIJÃO DA DINDINHA E DO DINDINHO!

16/03/2012

PARCEIROS DE CLASSE

PARCEIROS DE CLASSE

Assisti emocionada, no último domingo, à peça “Inimigos de Classe”, dirigida por Luciano Alabarse. Saí do estupendo e sempre magistral Theatro São Pedro atordoada e ao mesmo tempo animada: que inimigos de classe, que nada, aqueles ali são parceiros de classe. Estão unidos em torno de uma proposta, aquela mesma que a escola busca desenvolver: aprender/ensinar.

Eles são parceiros na dor, no sofrimento – e, portanto, provocam estas mesmas reações naqueles que entram na sala de aula sem o interesse de acrescentar algo àquilo que vivem. São companheiros de lamúrias no que tange às suas vidas familiares, sociais, seus desamparos, seus desesperos e desesperanças.

Mas o que eles nos ensinam ali é uma aula de esperança; uma não, muitas, pois são seis os alunos que nos contam, cada a um a seu jeito, aquilo que lhes toca e que procuram tocar nos outros. Mostram ali suas potencialidades e aprendizagens que algumas escolas jamais ousarão escutar. E ao desfiar suas potências, desenrolam com sensibilidade e afeto (muito afeto), suas singularidades, sua história de vida, suas relações familiares, seus sonhos, suas buscas por um gerânio na janela e um amor sob o luar.

Gritam ao consumo, ao absurdo preço da carne, aos enlatados americanos que nos enviam via satélite, aos vizinhos que zombeteiam de suas origens. Berram à calmaria, a malemolência de instituições – seja a educacional, a política, a social – que não dão mais conta de sua função principal: olhar por eles, para eles, com eles; especialmente, junto a eles.

Mas eles seguem parceiros, e parceiros de classe. Não abandonam a sala de aula de jeito nenhum: ali permanecem, unidos, gritando e quebrando os móveis e as caras em busca de serem escutados; mostrando, com estes gestos, sua necessidade de serem contados: como pessoas, como história, como vidas que valem – sempre! – o investimento.