23/01/2008

Por que sou gorda, mamãe?

Continuando a minha "farra alimentar" cultural, segue uma dica para a leitura das férias que se apoximam: o livro da autora Cintia Moscovich, com o questionador título "Por que sou gorda, mamãe?"
De comida mesmo, trata-se pouco; o que vale aqui é pensar e relacionar os afetos e os sabores contidos nesses afetos: entre mãe e filha, especialmente; mas também entre pai e filhos, entre tios e sobrinhos, entre irmãos e irmãs... um livro que, para além do título, cria uma série de perguntas que nos apontam alguns caminhos, mas nunca o tracejado concreto da estrada.
É criando perguntas que a personagem busca entender a caminhada da sua vida. É no prólogo do livro que Cintia explica a sua/nossa necessidade de ficção, "... a última possibilidade de juntar um fato a outro e tornar íntegro o partido e o faltante. A ficção é cimento de unir partes. De casar o avulso e desconexo. Cinza e poeira, a ficção talvez as transforme no sólido da pedra" (MOSCOVICH, 2006, p. 18).

PS.: Agora, a minha pergunta: por que as gordas nunca têm um nome?

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