19/11/2010
05/11/2010
SOMETHING...
Blackbird Paulo:
I´M COMING AND UP FOR THE CONCERT!
You are playing in Porto Alegre, Brazil, inside the Beira Rio soccer stadium. You make me feel like home.
Marcadores:
Beatles,
Beira Rio,
Paul McCartney,
Porto Alegre
23/10/2010
Amigo imaginário
Traz Outro Amigo Também - curta exibido na RBSTV, no projeto Histórias Curtas.
SENSACIONAL!
SENSACIONAL!
20/10/2010
14/10/2010
MÚSICA DE BRINQUEDO
SENSACIONAL... PATO FU E MAIS UM ROMPANTE DE CRIATIVIDADE!
CRIANÇA + BRINQUEDOS + MÚSICA = BEATLES IRADO!
Marcadores:
Beatles,
Live and Let Die,
música de brinquedo,
Pato Fu
07/10/2010
PARA AS GURIAS QUERIDAS DO MEU CORAÇÃO - elas sabem quem são...
AMIZADE, SEM SUCUMBIR NA MESMICE NEM NA INDIFERENÇA - PALAVRAS DE MUITOS ANOS ATRÁS, MAS COM MUITA ATUALIDADE (E RESPEITANDO TODAS AS PONTUAÇÕES E ORTOGRAFIA DA ÉPOCA):
“A semelhança n´um bocadinho de differença, ou antes o sentimento de si próprio n´um altruismo que basta para que ao abraçar-nos não nos devoremos, eis a verdadeira essencia da amisade” (FAGUET, 1911, p. 17).
30/09/2010
Parafraseando Nelson Mandela...
Para aquelas horas em que TUDO dá errado e temos uma vontade IMENSA de explodir... essa vai em especial pra Mira:
"Temos que ser melhores do que eles imaginaram, temos que surpreendê-los, com compaixão, com moderação e com generosidade - com tudo aquilo que eles nos negaram"
24/09/2010
CONGRESSO TEXTO-IMAGEM
20 a 24 de setembro de 2010
PROGRAMAÇÃO DA TARDE DE HOJE:
Ilustração e textualidade
(Sala 5)
14h-16h
Fernando de Mendonça (UFPE): Quando Clarice sonhou com cinema: por uma escritura do movimento em Água Viva
Vanina Carrara Sigrist (UNICAMP): As inquestionáveis especificidades da literatura e do cinema para Ítalo Calvino
Suzana Feldens Schwertner (UFRGS): Palavras e coisas da amizade: articulações entre o legível e o visível
Cristina Mura (USP): A escrita e o icônico nas obras de Rubens Gerchman
Marcadores:
Congresso Texto-Imagem; UNIFESP; eventos
04/09/2010
El Estuche
Banda de rock´n´roll colombiana, Aterciopelados, faz um som pra lá de inteligente e interessante, além de um clip sensacional... 60-90-60 somados = 240 e nada mais! Fenomenal!
http://www.youtube.com/watch?v=uI4yVSVxqyI
03/09/2010
Laços de Amizade: agora na TV Informativo!
Programa Transcendência, na TV Informativo, em 02 de setembro de 2009:
Parte I
Parte II
Parte I
Parte II
Marcadores:
amizade,
Foucault,
juventude,
programa transcendência
24/08/2010
4ª Jornada Científica de Psicologia FACCAT
4ª Jornada Científica do Curso de Psicologia
Identidade adolescente: vulner(h)abilidades e intervenções
Público-alvo: Acadêmicos do Curso de Psicologia, Psicólogos e demais interessados
Período: de 23 a 27 de agosto
Horário: das 17h às 22h30min
Local: Campus da FACCAT
Programação:
25 de agosto
19h45min: Workshops
1) Interação humano-animal no contexto da adolescência
Convidada: Ceres Berger Faraco, Médica Veterinária, Doutora em Psicologia (PUCRS)
2) Dependência química e adolescência: intervenções
Convidada: Janaína Rosa, Psicóloga, Especialista em Saúde Mental e Psicopedagogia, multiplicadora em informações preventivas em DST/AIDS e Drogas
3) Ambientes virtuais e adolescência
Convidada: Suzana Schwertner, Psicóloga, Doutora em Educação (UFRGS)
4) O Bullying no universo do adolescente.
Convidada: Sandra Veiga, Psicóloga, Membro Integrante do Serviço de Infância e Adolescência do CEP de PA.
5) Psicologia do Esporte e Adolescência
Convidada: Fernanda Faggiani, Psicóloga, Mestre em Sport Psychology (Liverpool John Moores University, Inglaterra)
Identidade adolescente: vulner(h)abilidades e intervenções
Público-alvo: Acadêmicos do Curso de Psicologia, Psicólogos e demais interessados
Período: de 23 a 27 de agosto
Horário: das 17h às 22h30min
Local: Campus da FACCAT
Programação:
25 de agosto
19h45min: Workshops
1) Interação humano-animal no contexto da adolescência
Convidada: Ceres Berger Faraco, Médica Veterinária, Doutora em Psicologia (PUCRS)
2) Dependência química e adolescência: intervenções
Convidada: Janaína Rosa, Psicóloga, Especialista em Saúde Mental e Psicopedagogia, multiplicadora em informações preventivas em DST/AIDS e Drogas
3) Ambientes virtuais e adolescência
Convidada: Suzana Schwertner, Psicóloga, Doutora em Educação (UFRGS)
4) O Bullying no universo do adolescente.
Convidada: Sandra Veiga, Psicóloga, Membro Integrante do Serviço de Infância e Adolescência do CEP de PA.
5) Psicologia do Esporte e Adolescência
Convidada: Fernanda Faggiani, Psicóloga, Mestre em Sport Psychology (Liverpool John Moores University, Inglaterra)
19/08/2010
Reportagem no Correio Braziliense
Reportagem sobre a tese de doutorado, publicada em 02 de agosto no Correio Braziliense:
http://www2.correioweb.com.br/cbonline/euestudante/sup_estd_13.htm
21/07/2010
A polêmica das palmadas segue em discussão
E a discussão segue na TV e no rádio!!
TV Informativo:
http://www.tvinformativo.com.br/?file=home&id=1464&title=20_07 III/VI
Independente AM:
http://www.independente.com.br/player.php?cod=6319
TV Informativo:
http://www.tvinformativo.com.br/?file=home&id=1464&title=20_07 III/VI
Independente AM:
http://www.independente.com.br/player.php?cod=6319
14/07/2010
13/07/2010
O afilhado mais lindo do mundo...
PARABÉNS AO ARTUR, AFILHADO DA SUZI E DO CRISTIAN, QUE SEMANA PASSADA FEZ ANIVERSÁRIO!!
CINCO FELIZES ANOS - E CADA VEZ MAIS LINDO!
TE VEREMOS NO SÁBADO!
BEIJÃO
CINCO FELIZES ANOS - E CADA VEZ MAIS LINDO!
TE VEREMOS NO SÁBADO!
BEIJÃO
09/07/2010
08/06/2010
E mais sobre bullying
Nova reportagem publicada no jornal O Informativo do Vale, hoje, produzida e elaborada por Carlos Vogt e Cíntia Marchi:
Antibullying - Fim da linha para os valentões (versão impressa)
Lajeado - A lei antibullying, que quer banir a prática dentro e fora das instituições de ensino (ver quadro), foi aprovada tarde demais para um estudante de 7º série da Escola Estadual Erico Verissimo. Durante quase todo o ano passado, Marcos* (13) foi a principal vítima de dois colegas valentões que perseguiam e espancavam alunos. Se a legislação tivesse intervindo um ano antes, talvez o poupasse de momentos carregados de dor e constrangimento. Outro ponto da norma é orientar as vítimas de bullying e seus familiares a recorrer a apoios técnico e psicológico que garantam a recuperação do aluno agredido e de sua autoestima. Marcos não teve esse apoio e preferiu o silêncio à vergonha de admitir que era alvo de chacotas e agressões.
A direção da escola desconhecia a condição do menino, e também seus pais eram alheios à gravidade do problema. “Alguns se irritavam e choravam quando eram agredidos, mas isso era pior. Eu preferia ficar quieto”, relata o rapaz, hoje estudante da 8ª série na mesma instituição. Na época, Marcos era novo na cidade, não conhecia alunos ou professores, e chamava a atenção pelo sotaque. “Tive que aprender a falar como todo mundo, se não quisesse apanhar mais”, conta. A pressão psicológica não parava por aí - ou carregava a mochila de um dos agressores de uma sala para outra ou levava mais socos. Talvez nenhum professor notasse, mas a cena se repetia diariamente, na troca de períodos. A lei também quer acabar com isso, pois vai disseminar entre pais e educadores o conhecimento sobre o bullying, a fim de que sejam identificadas suas vítimas.
E mesmo fazendo todo o esforço para agradar a seus agressores, Marcos não escapava de punições descabidas. Numa manhã, após entrar para o primeiro período de aula, e tendo carregado uma outra mochila - que não a sua -, ele foi soqueado nas costas. Ele berrou de dor, mas não foi ajudado pela professora que presenciou o ato e não tomou nenhuma atitude, segundo o garoto. Sem permissão, saiu da sala de aula e procurou a direção da escola para contar o ocorrido. Muito embora tivesse denunciado o colega, não admitiu ser vítima de bullying. Apenas relatou o fato como sendo um episódio isolado. A postura da educadora não agrada ao Estado, e é um dos tantos motivos para criação da lei. Ela não é, com certeza, a primeira docente a presenciar um ato de violência e não tomar atitude alguma.
Com a vigência da legislação, os professores serão treinados para desenvolver abordagens preventivas e planos de combate à prática.
Lei da empatia
A direção da escola suspendeu o agressor e comunicou o fato ao pai de Marcos. Mas não demorou muito para que a vítima voltasse a ser importunada por outros estudantes. Num desses episódios, durante o intervalo, teve suas cuecas puxadas para cima e as calças para baixo, ficando seminu na frente de colegas e outros alunos. Também, por pelo menos três vezes, depois disso, foi jogado numa lata de lixo por um grupo de seis estudantes na saída da escola. “Tinha que ir para casa e trocar de roupa, porque se não ficavam me chamando de fedido”, recorda. A lei também quer promover a cidadania e o respeito aos demais, promovendo a capacidade empática dos alunos, isto é, de se colocar na situação dos outros.
Adaptação
Os principais agressores do menino não estudam mais na instituição - um foi expulso depois de ser suspenso por diversas vezes, e o outro desistiu de estudar quando soube estar praticamente reprovado. No fim das contas, Marcos teve sorte. Após um período turbulento, ele pôde se adaptar à nova escola e fazer amigos. Hoje já não tira notas baixas, pois não tem quem implique com ele em sala de aula. Também ao ver um estudante apanhando ou sendo ridicularizado, presta socorro imediato. Mas quando o agressor é maior do que ele, finge que a situação não existe. “Fico quieto, se não sobra pra mim”, admite.
A vítima
Para vítimas de bullying como Marcos, uma das coisas mais complicadas é pedir ajuda. Às vezes, o estudante não tem a quem recorrer, não conta com o apoio da escola ou da família. Em outros casos, avalia a psicóloga Suzana Feldens Schwertner, a própria vítima se fecha e aceita as agressões dos colegas por achar que há algo de errado com ela. “No geral, as vítimas apresentam características físicas e emocionais que destoam dos demais alunos, como estatura, peso e sexualidade.”
Em casos extremos, o agredido desconhece a prática, prefere o silêncio ou está mais propenso a aceitar atos de violência, seja pela maneira como foi criado ou pela forma como lida com as emoções. “A violência nas escolas é um problema antigo e pertence à sociedade, que é individualista e está cada vez mais agressiva”, pontua. Conforme ela, as pessoas vivem numa época em que se pensa ser necessário subestimar o outro para ganhar destaque. E isso contribui com o preconceito, a indiferença e a falta de respeito. Vítimas de bullying podem mudar de personalidade repentinamente, desenvolver baixa autoestima, insegurança, ansiedade e síndrome do pânico, além de inventar inúmeros problemas para não ir às aulas ou participar de atividades com os demais colegas.
O agressor
Infelizmente, relata Suzana, poucos são os agressores que chegam aos consultórios para receber orientação e tratamento. “As pessoas desconhecem que a maior vítima do bullying é quem o pratica”, revela. Conforme ela, quem instiga a prática sofre de problemas como falta de atenção da família e violência doméstica. Nesses casos, quando está na escola, o aluno vira o jogo e de agredido passa a agressor, desferindo toda sua raiva e frustração nos colegas.
Também uma vítima de bullying que não teve o auxílio de professores ou responsáveis pode desenvolver uma personalidade violenta e atacar outros alunos. Segundo ela, os pais dos agressores demoram para perceber o problema ou, simplesmente, não consideram a sua prática algo que mereça atenção ou cuidados. “É difícil dizer o que acontece com um agressor que não recebe tratamento, mas a tendência é de que a violência aumente com o passar do tempo, criando, talvez, uma personalidade antissocial”, supõe.
Bullying: como acontece
Há quatro formas conhecidas para a prática do bullying. A primeira é direta e física, e inclui agressões ao corpo, estragar ou roubar objetos alheios e obrigar a fazer atividades servis. Também há a forma direta e verbal, que é por meio de insultos, piadas e apelidos, comentários racistas ou de qualquer espécie que denigram a imagem da pessoa. Já na forma indireta, a vítima é excluída pelos demais e passa a ser alvo de fofocas e boatos. Mais recentemente, o cyberbullying também se caracterizou como uma forma de instigar a violência. Nesse caso, os agressores atingem as vítimas por meio da tecnologia da comunicação, como celulares, Orkut, Twitter e e-mails.
Prevenção
Conforme Suzana, as escolas precisam trabalhar a prevenção e se dar conta de que são espaços promotores de segurança, respeito e tolerância. “É preciso trabalhar a questão de forma social e evitar apontar culpados dentro das salas de aula, porque isso não terminaria com as agressões, mas, pelo contrário, faria com que fossem ainda mais constantes”, analisa. Para ela, a lei acerta ao instigar as instituições que trabalhem em grupo para desenvolver ações que conscientizem, e sugere a promoção de palestras e aulas de teatro sobre o tema. “Mas há que se alertar que o trabalho deve ser continuado e não uma atividade isolada durante algum tempo”, aconselha.
Alunos lutam contra a repressão
O esquadrão, formado na mesma escola em que Marcos sofreu violência (Erico Verissimo), “luta” para intimidar os agressores que provocam bullying dentro da instituição. As armas que estão dentro das mochilas e estojos - lápis, caderno, borracha, cartolina, régua - são usadas para informar, alertar, confortar todos os estudantes do estabelecimento.
Depois de assistir à palestra do vereador de Porto Alegre Mauro Zacher, no mês passado, que alertou sobre a prática e consequências do bullying, um grupo de seis alunos, da 8ª série, resolveu se unir contra a repressão entre colegas. Na última semana, eles prepararam materiais informativos e cartazes para espalhar na escola. O próximo passo será a apresentação do esquadrão nas salas de aula.
Um dos integrantes do grupo é Guilherme Sidnei Eckert (15). Ele se regenerou. De agressor virou combatente do bullying. “Eu agredia os colegas porque na hora tudo era engraçado. Eu era grande e batia nos mais fracos. Uma vez coloquei um colega dentro da lata de lixo”, conta. A palestra do vereador foi um divisor de água, e o adolescente acabou abrindo os olhos. “Eu comecei a perceber que o que eu fazia era errado. E resolvi me colocar no lugar de quem sofria a agressão. Agora a minha intenção é ajudar todos que padecem com isso. Quero que a prática do bullying termine na nossa escola.”
O propósito de Guilherme é compartilhado pela colega Ana Paula Heineck (15). Ela já foi vítima e sentiu na pele a maldade de colegas. Quando ainda morava em Travesseiro, em 2008, antes de se mudar para Lajeado, Ana fez amizade com um usuário de drogas para ajudá-lo na tarefa de se livrar do vício. Mas um grupo na escola pensava diferente. Além de não querer colaborar na missão, eles isolaram o dependente químico. “Como eu era amiga dele, fui agredida verbalmente e fisicamente por continuar tendo contato com ele”, revela a menina. Os atos violentos provocaram efeitos na estudante. “Entrei em depressão. Meus pais chegaram a achar que estava louca. Fui muito infeliz.” Ana teve que procurar ajuda médica para se tratar. Foi aí que ela se mudou para Lajeado e passou a estudar na Erico Verissimo. “Aqui também sofri no início. Os alunos ficavam zoando do meu sotaque e do meu jeito.”
Hoje, enfrentado o desafio, Ana tem um recado para dar como integrante do esquadrão. “Nada se ajeita com a violência. É com diálogo que tudo se resolve.”
SaibaMais
O projeto de lei estadual é de autoria do deputado Adroaldo Loureiro e foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa no final do mês. Muito embora a governadora Yeda Crusius tenha afirmado que irá sancionar a matéria, esta ainda não foi remetida para o Executivo.
* A reportagem usou um nome fictício para proteger a identidade do entrevistado.
“As pessoas desconhecem que a maior vítima do bullying é quem o pratica”, revela a psicóloga Suzana Feldens Schwertner. Conforme ela, quem instiga a prática sofre de problemas como falta de atenção da família e violência doméstica
Carlos Vogt
carlos@informativo.com. br
Cíntia Marchi
cintia@informativo.com.br
Antibullying - Fim da linha para os valentões (versão impressa)
Lajeado - A lei antibullying, que quer banir a prática dentro e fora das instituições de ensino (ver quadro), foi aprovada tarde demais para um estudante de 7º série da Escola Estadual Erico Verissimo. Durante quase todo o ano passado, Marcos* (13) foi a principal vítima de dois colegas valentões que perseguiam e espancavam alunos. Se a legislação tivesse intervindo um ano antes, talvez o poupasse de momentos carregados de dor e constrangimento. Outro ponto da norma é orientar as vítimas de bullying e seus familiares a recorrer a apoios técnico e psicológico que garantam a recuperação do aluno agredido e de sua autoestima. Marcos não teve esse apoio e preferiu o silêncio à vergonha de admitir que era alvo de chacotas e agressões.
A direção da escola desconhecia a condição do menino, e também seus pais eram alheios à gravidade do problema. “Alguns se irritavam e choravam quando eram agredidos, mas isso era pior. Eu preferia ficar quieto”, relata o rapaz, hoje estudante da 8ª série na mesma instituição. Na época, Marcos era novo na cidade, não conhecia alunos ou professores, e chamava a atenção pelo sotaque. “Tive que aprender a falar como todo mundo, se não quisesse apanhar mais”, conta. A pressão psicológica não parava por aí - ou carregava a mochila de um dos agressores de uma sala para outra ou levava mais socos. Talvez nenhum professor notasse, mas a cena se repetia diariamente, na troca de períodos. A lei também quer acabar com isso, pois vai disseminar entre pais e educadores o conhecimento sobre o bullying, a fim de que sejam identificadas suas vítimas.
E mesmo fazendo todo o esforço para agradar a seus agressores, Marcos não escapava de punições descabidas. Numa manhã, após entrar para o primeiro período de aula, e tendo carregado uma outra mochila - que não a sua -, ele foi soqueado nas costas. Ele berrou de dor, mas não foi ajudado pela professora que presenciou o ato e não tomou nenhuma atitude, segundo o garoto. Sem permissão, saiu da sala de aula e procurou a direção da escola para contar o ocorrido. Muito embora tivesse denunciado o colega, não admitiu ser vítima de bullying. Apenas relatou o fato como sendo um episódio isolado. A postura da educadora não agrada ao Estado, e é um dos tantos motivos para criação da lei. Ela não é, com certeza, a primeira docente a presenciar um ato de violência e não tomar atitude alguma.
Com a vigência da legislação, os professores serão treinados para desenvolver abordagens preventivas e planos de combate à prática.
Lei da empatia
A direção da escola suspendeu o agressor e comunicou o fato ao pai de Marcos. Mas não demorou muito para que a vítima voltasse a ser importunada por outros estudantes. Num desses episódios, durante o intervalo, teve suas cuecas puxadas para cima e as calças para baixo, ficando seminu na frente de colegas e outros alunos. Também, por pelo menos três vezes, depois disso, foi jogado numa lata de lixo por um grupo de seis estudantes na saída da escola. “Tinha que ir para casa e trocar de roupa, porque se não ficavam me chamando de fedido”, recorda. A lei também quer promover a cidadania e o respeito aos demais, promovendo a capacidade empática dos alunos, isto é, de se colocar na situação dos outros.
Adaptação
Os principais agressores do menino não estudam mais na instituição - um foi expulso depois de ser suspenso por diversas vezes, e o outro desistiu de estudar quando soube estar praticamente reprovado. No fim das contas, Marcos teve sorte. Após um período turbulento, ele pôde se adaptar à nova escola e fazer amigos. Hoje já não tira notas baixas, pois não tem quem implique com ele em sala de aula. Também ao ver um estudante apanhando ou sendo ridicularizado, presta socorro imediato. Mas quando o agressor é maior do que ele, finge que a situação não existe. “Fico quieto, se não sobra pra mim”, admite.
A vítima
Para vítimas de bullying como Marcos, uma das coisas mais complicadas é pedir ajuda. Às vezes, o estudante não tem a quem recorrer, não conta com o apoio da escola ou da família. Em outros casos, avalia a psicóloga Suzana Feldens Schwertner, a própria vítima se fecha e aceita as agressões dos colegas por achar que há algo de errado com ela. “No geral, as vítimas apresentam características físicas e emocionais que destoam dos demais alunos, como estatura, peso e sexualidade.”
Em casos extremos, o agredido desconhece a prática, prefere o silêncio ou está mais propenso a aceitar atos de violência, seja pela maneira como foi criado ou pela forma como lida com as emoções. “A violência nas escolas é um problema antigo e pertence à sociedade, que é individualista e está cada vez mais agressiva”, pontua. Conforme ela, as pessoas vivem numa época em que se pensa ser necessário subestimar o outro para ganhar destaque. E isso contribui com o preconceito, a indiferença e a falta de respeito. Vítimas de bullying podem mudar de personalidade repentinamente, desenvolver baixa autoestima, insegurança, ansiedade e síndrome do pânico, além de inventar inúmeros problemas para não ir às aulas ou participar de atividades com os demais colegas.
O agressor
Infelizmente, relata Suzana, poucos são os agressores que chegam aos consultórios para receber orientação e tratamento. “As pessoas desconhecem que a maior vítima do bullying é quem o pratica”, revela. Conforme ela, quem instiga a prática sofre de problemas como falta de atenção da família e violência doméstica. Nesses casos, quando está na escola, o aluno vira o jogo e de agredido passa a agressor, desferindo toda sua raiva e frustração nos colegas.
Também uma vítima de bullying que não teve o auxílio de professores ou responsáveis pode desenvolver uma personalidade violenta e atacar outros alunos. Segundo ela, os pais dos agressores demoram para perceber o problema ou, simplesmente, não consideram a sua prática algo que mereça atenção ou cuidados. “É difícil dizer o que acontece com um agressor que não recebe tratamento, mas a tendência é de que a violência aumente com o passar do tempo, criando, talvez, uma personalidade antissocial”, supõe.
Bullying: como acontece
Há quatro formas conhecidas para a prática do bullying. A primeira é direta e física, e inclui agressões ao corpo, estragar ou roubar objetos alheios e obrigar a fazer atividades servis. Também há a forma direta e verbal, que é por meio de insultos, piadas e apelidos, comentários racistas ou de qualquer espécie que denigram a imagem da pessoa. Já na forma indireta, a vítima é excluída pelos demais e passa a ser alvo de fofocas e boatos. Mais recentemente, o cyberbullying também se caracterizou como uma forma de instigar a violência. Nesse caso, os agressores atingem as vítimas por meio da tecnologia da comunicação, como celulares, Orkut, Twitter e e-mails.
Prevenção
Conforme Suzana, as escolas precisam trabalhar a prevenção e se dar conta de que são espaços promotores de segurança, respeito e tolerância. “É preciso trabalhar a questão de forma social e evitar apontar culpados dentro das salas de aula, porque isso não terminaria com as agressões, mas, pelo contrário, faria com que fossem ainda mais constantes”, analisa. Para ela, a lei acerta ao instigar as instituições que trabalhem em grupo para desenvolver ações que conscientizem, e sugere a promoção de palestras e aulas de teatro sobre o tema. “Mas há que se alertar que o trabalho deve ser continuado e não uma atividade isolada durante algum tempo”, aconselha.
Alunos lutam contra a repressão
O esquadrão, formado na mesma escola em que Marcos sofreu violência (Erico Verissimo), “luta” para intimidar os agressores que provocam bullying dentro da instituição. As armas que estão dentro das mochilas e estojos - lápis, caderno, borracha, cartolina, régua - são usadas para informar, alertar, confortar todos os estudantes do estabelecimento.
Depois de assistir à palestra do vereador de Porto Alegre Mauro Zacher, no mês passado, que alertou sobre a prática e consequências do bullying, um grupo de seis alunos, da 8ª série, resolveu se unir contra a repressão entre colegas. Na última semana, eles prepararam materiais informativos e cartazes para espalhar na escola. O próximo passo será a apresentação do esquadrão nas salas de aula.
Um dos integrantes do grupo é Guilherme Sidnei Eckert (15). Ele se regenerou. De agressor virou combatente do bullying. “Eu agredia os colegas porque na hora tudo era engraçado. Eu era grande e batia nos mais fracos. Uma vez coloquei um colega dentro da lata de lixo”, conta. A palestra do vereador foi um divisor de água, e o adolescente acabou abrindo os olhos. “Eu comecei a perceber que o que eu fazia era errado. E resolvi me colocar no lugar de quem sofria a agressão. Agora a minha intenção é ajudar todos que padecem com isso. Quero que a prática do bullying termine na nossa escola.”
O propósito de Guilherme é compartilhado pela colega Ana Paula Heineck (15). Ela já foi vítima e sentiu na pele a maldade de colegas. Quando ainda morava em Travesseiro, em 2008, antes de se mudar para Lajeado, Ana fez amizade com um usuário de drogas para ajudá-lo na tarefa de se livrar do vício. Mas um grupo na escola pensava diferente. Além de não querer colaborar na missão, eles isolaram o dependente químico. “Como eu era amiga dele, fui agredida verbalmente e fisicamente por continuar tendo contato com ele”, revela a menina. Os atos violentos provocaram efeitos na estudante. “Entrei em depressão. Meus pais chegaram a achar que estava louca. Fui muito infeliz.” Ana teve que procurar ajuda médica para se tratar. Foi aí que ela se mudou para Lajeado e passou a estudar na Erico Verissimo. “Aqui também sofri no início. Os alunos ficavam zoando do meu sotaque e do meu jeito.”
Hoje, enfrentado o desafio, Ana tem um recado para dar como integrante do esquadrão. “Nada se ajeita com a violência. É com diálogo que tudo se resolve.”
SaibaMais
O projeto de lei estadual é de autoria do deputado Adroaldo Loureiro e foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa no final do mês. Muito embora a governadora Yeda Crusius tenha afirmado que irá sancionar a matéria, esta ainda não foi remetida para o Executivo.
* A reportagem usou um nome fictício para proteger a identidade do entrevistado.
“As pessoas desconhecem que a maior vítima do bullying é quem o pratica”, revela a psicóloga Suzana Feldens Schwertner. Conforme ela, quem instiga a prática sofre de problemas como falta de atenção da família e violência doméstica
Carlos Vogt
carlos@informativo.com. br
Cíntia Marchi
cintia@informativo.com.br
07/06/2010
Bullying
Matéria da TV Informativo, que foi ao ar no dia 04 de junho passado:
http://www.tvinformativo.com.br/?file=home&id=1198&title=IN: 04_06 I/III
http://www.tvinformativo.com.br/?file=home&id=1198&title=IN: 04_06 I/III
21/05/2010
Palmadas em crianças
Hoje, no Jornal O Informativo do Vale:
PALMADAS EM CRIANÇAS: DÓI EM QUEM?
Suzana Feldens Schwertner, psicóloga (CRP07/11446) e doutora em Educação (UFRGS)
E-mail para contato: suzifs3@hotmail.com
Com a disposição, em lei, do projeto contra castigos infantis, ressurgiu o debate sobre as conhecidas “palmadas” em crianças. Alguns a batizaram de “palmada educativa” ou “palmada terapêutica”, o que, a nosso entender, não abarca os aspectos de cuidado, atenção e proteção que os adultos responsáveis devem exercer com as suas crianças.
Pedagogos e psicólogos se colocam a debater sobre esse tema tão controverso, mas nunca superficial. Nos últimos anos escutamos notícias como “bebê ensacado às margens da Pampulha”, “pais suspeitos de atirar criança da janela de um prédio”, “criança morre de espancamento pela própria mãe”, “maus tratos em criança adotiva”, e aquilo que poderia ser apenas uma “simples” palmada evolui para algo bem maior.
Sigmund Freud, intitulado pai da psicanálise, no volume XXIII de suas Obras Completas trata sobre o interesse educacional da psicanálise. Para o autor, os meios de coerção externa – por exemplo, as palmadas dos pais – não produz a extinção dos instintos da criança. Ao contrário, o “tapinha” conduz a uma repressão da agressividade, podendo criar, inclusive, “uma predisposição para doenças mentais no futuro”.
Seria ainda possível falar em palmadas terapêuticas? Seria possível educar com violência? A palavra parece forte – violência – mas é sobre ela mesmo que temos que pensar, pois um simples “tapinha” também dói e é um sinal de violência. E as marcas ficam, sejam elas externas ou internas. Os pequenos vergões avermelhados ou os grandes hematomas purpúreos podem desaparecer com o tempo, mas o ato de violência continua sendo o mesmo: covarde, não consegue se utilizar da palavra, da negociação e do diálogo para resolver o dilema. Pois a violência é isso mesmo: muda, silenciosa e surge quando as palavras já não dão mais conta do recado.
Palmada em crianças: dói nelas, mas sobretudo dói em todos nós, pois a partir do momento em que precisarmos resolver todas as nossas questões “no braço”, é sinal de que necessitamos retornar ao tempo das cavernas e iniciar todo o processo civilizatório outra vez.
PALMADAS EM CRIANÇAS: DÓI EM QUEM?
Suzana Feldens Schwertner, psicóloga (CRP07/11446) e doutora em Educação (UFRGS)
E-mail para contato: suzifs3@hotmail.com
Com a disposição, em lei, do projeto contra castigos infantis, ressurgiu o debate sobre as conhecidas “palmadas” em crianças. Alguns a batizaram de “palmada educativa” ou “palmada terapêutica”, o que, a nosso entender, não abarca os aspectos de cuidado, atenção e proteção que os adultos responsáveis devem exercer com as suas crianças.
Pedagogos e psicólogos se colocam a debater sobre esse tema tão controverso, mas nunca superficial. Nos últimos anos escutamos notícias como “bebê ensacado às margens da Pampulha”, “pais suspeitos de atirar criança da janela de um prédio”, “criança morre de espancamento pela própria mãe”, “maus tratos em criança adotiva”, e aquilo que poderia ser apenas uma “simples” palmada evolui para algo bem maior.
Sigmund Freud, intitulado pai da psicanálise, no volume XXIII de suas Obras Completas trata sobre o interesse educacional da psicanálise. Para o autor, os meios de coerção externa – por exemplo, as palmadas dos pais – não produz a extinção dos instintos da criança. Ao contrário, o “tapinha” conduz a uma repressão da agressividade, podendo criar, inclusive, “uma predisposição para doenças mentais no futuro”.
Seria ainda possível falar em palmadas terapêuticas? Seria possível educar com violência? A palavra parece forte – violência – mas é sobre ela mesmo que temos que pensar, pois um simples “tapinha” também dói e é um sinal de violência. E as marcas ficam, sejam elas externas ou internas. Os pequenos vergões avermelhados ou os grandes hematomas purpúreos podem desaparecer com o tempo, mas o ato de violência continua sendo o mesmo: covarde, não consegue se utilizar da palavra, da negociação e do diálogo para resolver o dilema. Pois a violência é isso mesmo: muda, silenciosa e surge quando as palavras já não dão mais conta do recado.
Palmada em crianças: dói nelas, mas sobretudo dói em todos nós, pois a partir do momento em que precisarmos resolver todas as nossas questões “no braço”, é sinal de que necessitamos retornar ao tempo das cavernas e iniciar todo o processo civilizatório outra vez.
08/05/2010
O Mito da Maternidade Instintiva
Fist Steps - Primeiros Passos (Picasso)
Véspera do dia das mães. Propagandas na televisão, nos jornais, nas ruas. Famílias combinando o almoço de domingo, organizando as comemorações para o dia nove de maio. É uma época que nos remete à maternidade e à possibilidade de as mulheres gerarem uma nova vida. Remeto-me igualmente à infância e procuro me lembrar da minha teoria sexual em relação ao nascimento dos bebês. Te lembras da tua? Sim, pois todos nós tivemos, de alguma maneira, uma teoria de como os bebês são gerados e trazidos ao mundo, seja a ideia da cegonha que entregava os bebês nas chaminés das casas ou das crianças que nasciam em árvores.
Eu, aos cinco anos de idade, pensava que toda mulher nascia com uma sementinha na barriga, e que, com a maturidade, a criança iria se desenvolvendo até o momento em que a mãe atingisse uma determinada idade e o bebê estivesse pronto para nascer. Claro que minha teoria era falha, pois ela não explicava o motivo de haver mães de diferentes idades, e nem como essa sementinha, sozinha, poderia gerar um bebê. Mas hoje vejo que a minha teoria infantil também era influenciada por um mito que é vigente até hoje: o mito de que a maternidade é um instinto que nasce com todas as mulheres.
Quantas vezes não nos vemos dizendo que “ser mãe é uma dádiva”, no sentido de ser algo sagrado que nos foi doado, ao qual devemos aceitar sem resignação? Ou mesmo que é algo “de instinto”, que se exerce automaticamente. E é aqui que devemos amadurecer o pensamento, avançando sobre as teorias infantis.
A maternidade é, na verdade, aprendida. Ela não é um dom natural: ser mãe é algo que se aprende. A gravidez envolve um momento único, que reúne uma família em torno de um nascimento. Em torno de um ser que está em desenvolvimento, mas que já provoca um turbilhão de sentimentos tão intensos quanto paradoxais. A parentalidade humana é a mais rica e complexa da cadeia animal, pois demanda dos pais muito cuidado, atenção, carinho e proteção. E todas estas exigências não são automáticas e puramente instintuais, elas são entendidas e aprendidas, negociadas e modificadas. Sabemos que nem mesmo o piloto automático dos carros é tão automático assim: aquele mecanismo solicita alguém que o comande, que saiba como utilizá-lo, que aprenda – com inteligência – a solicitar o comando no momento indicado da estrada.
Assim também podemos pensar com a maternidade: a mãe precisa aprender com seu bebê qual o melhor momento, duração e intervalos das mamadas; a decodificar qual o significado de cada choro da criança, a entender o motivo das cólicas; ela precisa, pois, aprender a construir este novo relacionamento. Portanto, não podemos falar de uma maternidade pré-programada, guardada e repassada através das gerações, um instinto imutável. Podemos, sim, falar das diferentes maternidades que são elaboradas por meio dos vínculos entre a mãe e seu bebê, algo aprendido pelas gestantes a partir de suas próprias mães, por meio de consultas médicas e de sua experiência; maternidades que se modificam também a partir das mudanças sociais, tecnológicas, políticas e econômicas que envolvem a sociedade.
PS.: Já investigou com seu filh@, seu afilhad@, sobrinh@, vizinh@, ou qualquer criança com quem conviva mais proximamente, qual a teoria que eles têm sobre o nascimento dos bebês? Vale a tentativa...
30/04/2010
FRASE DE EFEITO
DAQUELAS BOMBÁSTICAS... pra pensar em vésperas de Gre-Nal:
"Some people believe football is a matter of life and death, I am very disappointed with that attitude. I can assure you it is much, much more important than that!"
(Bill Shankley; 1913 - 1981)
Esse fanático escocês foi jogador de futebol e teve a carreira interrompida pela Segunda Guerra Mundial. Foi também manager do Liverpool e diz na frase acima algo como: "Algumas pessoas acreditam que o futebol é questão de vida e morte, fico muito desapontado com tamanha atitude. Posso assegurar que o futebol é muito, muito mais importante do que isso!"
20/04/2010
08/04/2010
06/04/2010
Pulseiras do quê mesmo?
Pulseiras coloridas, com uma infinidade de significados... qual a sua ideia?
Reportagem da TV Informativo, exibida em 22 de março de 2010.
http://www.tvinformativo.com.br/?file=home&id=913&title=IN: 22_03 - I/II
Reportagem da TV Informativo, exibida em 22 de março de 2010.
http://www.tvinformativo.com.br/?file=home&id=913&title=IN: 22_03 - I/II
01/04/2010
27/03/2010
Páscoa: oportunidade de aproximação entre pais e filhos
Reportagem de hoje, no jornal O Informativo, da cidade de Lajeado (http://www.informativo.com.br/w2w_portal/interna.php?EDA=421&NID=37923)
26/3/2010 23h52m - Especial
Comportamento: Oportunidade de aproximar pais e filhos (versão impressa)
Vale do Taquari - Explicar aos filhos o significado da Páscoa adotando estratégias atrativas para os pequenos é o grande macete que a psicóloga Suzana Feldens Schwertner apresenta nesta época especial. Doutora em Educação, ela assegura que, além de este poder ser um momento produtivo para incutir a reflexão religiosa, também é uma oportunidade para aproximar pais e filhos. Conforme ela, não há como negar que a Páscoa, assim como outras comemorações religiosas, tem sido incrementada pelas atividades comerciais - sendo as crianças e os jovens o público-alvo das campanhas: um enorme investimento em publicidade, a apresentação de novas mercadorias específicas para cada data comemorativa e um veemente incentivo ao consumo fazem parte desses tempos. “Ultimamente, e em escala cada vez maior, aos ovos de chocolate são acrescentados brinquedos, com o intuito de convocar as crianças (algumas que nem comem chocolates), ao consumo.”
A psicóloga salienta que o importante, em momentos como esse, é retomar para as crianças e jovens os mais diversos significados que são atribuídos à Páscoa, como celebração religiosa. “É preciso lembrar aos filhos, e algumas vezes para si mesmo, o motivo de algumas religiões pregarem o sacrifício na Sexta-Feira Santa, a finalidade de presentear com ovos no domingo de Páscoa ou mesmo utilizar o coelho como símbolo nesta época.”
Estratégias
Ela dá uma dica: buscar livros infantis que abordem o tema, sejam obras religiosas ou mesmo educativas. Também é bom perceber a movimentação nas escolas infantis, a integração de novas atividades referentes à Páscoa ou mesmo saber se os filhos estão aprendendo e trabalhando sobre o tema. “Quanto menor a criança, maior a importância de utilizar esse tipo de recursos.” Para os maiores, é possível questionar o que significam, enfim, todos aqueles coelhos nas vitrinas das lojas, a decoração especial dos shoppings e o motivo de o supermercado estar lotado de ovos de chocolate, sendo separados alguns corredores do estabelecimento especialmente para a função. “Uma pesquisa na internet pode ajudar a esclarecer alguns significados e até mesmo servir como fonte de estudo sobre as comemorações da Páscoa em épocas anteriores”, pondera. Os pais e os avós podem relembrar e conversar sobre seus domingos de Páscoa quando eram mais novos. A família deve abrir espaços para que as crianças e jovens sugiram formas de celebrar a Páscoa entre parentes ou com os amigos.
“Além de explicar aos seus filhos os significados desta época, será um ótimo momento de aproximação e, igualmente, uma oportunidade para aprender com as crianças e jovens.”
26/3/2010 23h52m - Especial
Comportamento: Oportunidade de aproximar pais e filhos (versão impressa)
Vale do Taquari - Explicar aos filhos o significado da Páscoa adotando estratégias atrativas para os pequenos é o grande macete que a psicóloga Suzana Feldens Schwertner apresenta nesta época especial. Doutora em Educação, ela assegura que, além de este poder ser um momento produtivo para incutir a reflexão religiosa, também é uma oportunidade para aproximar pais e filhos. Conforme ela, não há como negar que a Páscoa, assim como outras comemorações religiosas, tem sido incrementada pelas atividades comerciais - sendo as crianças e os jovens o público-alvo das campanhas: um enorme investimento em publicidade, a apresentação de novas mercadorias específicas para cada data comemorativa e um veemente incentivo ao consumo fazem parte desses tempos. “Ultimamente, e em escala cada vez maior, aos ovos de chocolate são acrescentados brinquedos, com o intuito de convocar as crianças (algumas que nem comem chocolates), ao consumo.”
A psicóloga salienta que o importante, em momentos como esse, é retomar para as crianças e jovens os mais diversos significados que são atribuídos à Páscoa, como celebração religiosa. “É preciso lembrar aos filhos, e algumas vezes para si mesmo, o motivo de algumas religiões pregarem o sacrifício na Sexta-Feira Santa, a finalidade de presentear com ovos no domingo de Páscoa ou mesmo utilizar o coelho como símbolo nesta época.”
Estratégias
Ela dá uma dica: buscar livros infantis que abordem o tema, sejam obras religiosas ou mesmo educativas. Também é bom perceber a movimentação nas escolas infantis, a integração de novas atividades referentes à Páscoa ou mesmo saber se os filhos estão aprendendo e trabalhando sobre o tema. “Quanto menor a criança, maior a importância de utilizar esse tipo de recursos.” Para os maiores, é possível questionar o que significam, enfim, todos aqueles coelhos nas vitrinas das lojas, a decoração especial dos shoppings e o motivo de o supermercado estar lotado de ovos de chocolate, sendo separados alguns corredores do estabelecimento especialmente para a função. “Uma pesquisa na internet pode ajudar a esclarecer alguns significados e até mesmo servir como fonte de estudo sobre as comemorações da Páscoa em épocas anteriores”, pondera. Os pais e os avós podem relembrar e conversar sobre seus domingos de Páscoa quando eram mais novos. A família deve abrir espaços para que as crianças e jovens sugiram formas de celebrar a Páscoa entre parentes ou com os amigos.
“Além de explicar aos seus filhos os significados desta época, será um ótimo momento de aproximação e, igualmente, uma oportunidade para aprender com as crianças e jovens.”
11/03/2010
04/03/2010
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
UFRGS
DEFESA DE TESE DE DOUTORADO
Suzana Feldens Schwertner
LAÇOS DE AMIZADE:
MODOS DE RELACIONAMENTO JOVEM
EM TEMPOS DE CONECTIVIDADE DIGITAL
Orientador/a: Dra. Rosa Maria Bueno Fischer
Banca Examinadora:
Dra. Margareth Schäffer (PPGEDU/UFRGS)
Dr. Juarez Tarcisio Dayrell (UFMG)
Dra. Neuza Maria de Fátima Guareschi (PUCRS)
Dr. Gustavo Fischman (Arizona State University) - Parecer por Escrito
Data: 08 de março
Horário: 14 horas
Local: Sala 321 Anexo 1
Orientador/a: Dra. Rosa Maria Bueno Fischer
Banca Examinadora:
Dra. Margareth Schäffer (PPGEDU/UFRGS)
Dr. Juarez Tarcisio Dayrell (UFMG)
Dra. Neuza Maria de Fátima Guareschi (PUCRS)
Dr. Gustavo Fischman (Arizona State University) - Parecer por Escrito
Data: 08 de março
Horário: 14 horas
Local: Sala 321 Anexo 1
23/02/2010
PARA OS MAIS QUERIDOS...
LAÇOS DE AMIZADE:
EM TEMPOS DE CONECTIVIDADE DIGITAL
Muito tempo sem aparecer por aqui... nem postar nada... nem um ar da graça... mas cá estou, e com uma desculpa bem sincera: eu estava finalizando a minha tese! Tempos difíceis estes, muito suor e lágrimas, noites insones, cafeína na veia... mas, enfim, tese pronta!
Aproveito pra agradecer a todas as pessoas, que perto ou distante, estiveram COMIGO! Pessoas amigas, parceiras, presentes (seja via Skype, MSN, mãos dadas, colinho, longas caminhadas) e que foram essenciais para que esse trabalho tivesse um fim (imposto, que fique bem claro!). Abaixo, meus agradecimentos - extraídos da minha tese - a todos aqueles que fizeram parte deste meu "des"caminho...
PELA ESTRADA AFORA EU VOU BEM ACOMPANHADA...
Uma caminhada de estudos pode se parecer um tanto com o bosque escuro e perigoso explorado pela personagem Chapeuzinho Vermelho – talvez pelos tortuosos caminhos a se percorrer, sobretudo quando se adentra as matas densas dos conhecimentos teóricos ou os arbustos espinhentos da fundamentação metodológica. Pode até ser. Mas este jamais é um trajeto percorrido sozinho, e sim um caminho que se trilha na companhia de pessoas muito especiais – algumas nos levam pelas mãos, outras escolhemos para percorrer conosco e outras ainda se atravessaram, surpreendentemente, à nossa frente.
Em primeiro lugar, agradeço àquela que me levou pelas mãos desde 1998 e com a qual, hoje, encerro um capítulo de onze anos de orientação. Não canso de revelar “a paixão de trabalhar com Rosa Fischer”. Com ela aprendi o rigor e o cuidado no trato com os conceitos, a importância na escolha dos objetos de pesquisa e as implicações políticas e sociais de nosso trabalho. Implicações que envolvem, também, uma relação pessoal de muito respeito, admiração e carinho. Rosa, é um orgulho ser orientada por ti, a quem não canso de agradecer: muito obrigada!
Outro importante agradecimento é dedicado a Gustavo Fischman, que me acompanhou durante todo o período do estágio no exterior. Gustavo é um brilhante profissional, incansável estudioso, admirável professor e uma pessoa fantástica. Obrigada pelo acolhimento, pela atenção, pela brilhante escuta, pelas leituras e releituras do texto e pela presença marcante!
Às professoras membros da banca examinadora: Margareth Schäffer, que acompanha meu trabalho de pesquisa desde a seleção ao mestrado, em 2002, até este momento final. Com a Margareth aprendi a valorizar a construção do projeto e a importância das imagens na pesquisa em Educação. À Prof. Neuza Guareschi, que prontamente aceitou participar da avaliação final deste trabalho. Ao Prof. Juarez Tarcísio Dayrell que, por meio de suas pesquisas e discussões teóricas, ajudou a construir este estudo e, agora, participa ainda mais ativamente como membro da banca examinadora. Ao Prof. Gustavo Fischman, pela participação na avaliação do projeto e pelo acompanhamento sistemático na reescrita e retomada da tese. Agradeço também à participação da professora Maria Stephanou, membro da banca de avaliação de projeto, que somou importantes contribuições para a escrita final da tese.
Aos órgãos de fomento de pesquisa, Capes e CNPq, pela concessão de bolsas de estudos no país e no exterior, requisito fundamental para o período de dedicação exclusiva à pesquisa. Aos funcionários do PPPGEDU, nas figuras da sempre lembrada Mary e do Eduardo, extremamente atentos aos pedidos e às inúmeras solicitações.
Agradeço, de maneira especial, à equipe de professores e coordenadores do Colégio de Aplicação, à Prof. Gláucia Raposo, pelo contato inicial e pela receptividade da pesquisa; à Comissão de Pesquisa do Colégio; à Prof. Maria da Graça, sempre disposta a ajudar e encontrar mais um espaço disponível para a organização das diferentes fases do trabalho de campo; às Prof. Fabiana, Josiane, Adriana, Cláudia, Karine, Ana, Fernanda, Pâmela e Raquel, que gentilmente cederam seus períodos de aula com as turmas de sétima e oitava séries para a realização da pesquisa. Aos coordenadores das turmas de sétima e oitava, Fábio Parise e Karen Nodari, que gentilmente me receberam na escola. Aos alunos das turmas 71, 72, 81 e 82, participantes ativos e “antenados”, dispostos a imaginar, falar e pensar sobre suas relações de amizade diante de uma pesquisadora curiosa. Obrigada pelas perguntas, sugestões e atenção ao meu trabalho.
Ao grupo de orientação de pesquisa (Fabiana, Celso, Fernando, Sara, Luciane, Roselene, Amadeu, Soledad, Carmen, Celina, Eliane, Mariane, Marcelo, Laura) que foi se modificando entre 2006 e 2009, e que se constituiu como lugar de encontro e trocas produtivas, sejam elas teóricas, metodológicas ou pessoais: grupo que esteve atento também às minhas inúmeras mudanças tanto de moradia quanto de abordagens de pesquisa.
Aos amigos próximos – ainda que a correria do dia-a-dia nos impusesse certas barreiras de encontro: Fernanda Martins Marques, pela amizade de sempre e pela tradução emocional; Luciene Geiger, por trazer harmonia aos meus ouvidos e à minha mente; Fabiana Marcello, pela presença constante e inspiração essencial para minha caminhada de estudos. A Fabi, como uma grande amiga, me faz pensar diferentemente e questionar uma porção de coisas, além de equilibrar tudo com muito afeto e atenção. Ao Celso Vitelli, pelo carinho, prontidão e pelas importantes sugestões – e empréstimos! – de livros; ao Fernando Favaretto, pelas palavras de incentivo e pelo laço de amizade que só o “Vale” constrói; à Sara Alves Feitosa, pelos alegres encontros fortuitos; Isabel Lima, a luz e a sábia voz; Jane Fischer Barros, pela parceria e por compartilhar comigo momentos tão marcantes das nossas vidas; Gisele Bagatini, pela sensibilidade em me aturar nos momentos delicados e abrir, literalmente, as portas de sua casa; Rita de Cássia da Silva, pela amizade de uma década, iniciada em meio a muita terra e concretizada pela ternura e pelo carinho. Agradecimento especial também para Aline Negruni, Maria Clara e João Pedro por me receberem tão bem em suas vidas.Aos amigos distantes, que tive a oportunidade de conhecer a partir do estágio de doutorado no exterior: Erica Nicole Griffin, Kimberly Eversman, Sandy Patrícia Bonfin, Paula Hall, Akiko Ayashi, Emily Ackman, Sangmi Lee, Aaron Golub, John Ngáski, Denisse Roca Servant e Gabriel Gomez. Muito obrigada por me acolherem de braços abertos e me ensinarem o valor das diferenças.
Aos primos e primas queridos e amados, que, de perto ou de longe, acompanharam grande parte deste trajeto: Pati, Lela, Lice, Ju, Beto, Eliane, Nanda, Gabi, Luciano, Gerson, Simone, Rodrigo; em especial à Melissa, pelas caronas providenciais, à Mônica e ao Lorenço, que me auxiliaram com os “sufocos” técnicos de um trabalho que também se faz digital. Agradeço à minha fofa Isadora, que, nos intervalos saudáveis da escrita, me fez gargalhar como criança, admirar cada folha de árvore, observar o bigode do gato e cuidar com o formigueiro; aquela com quem, mesmo via webcam e a milhas de distância, era possível brincar de caretas. Ela e o curso de doutorado andaram de mãos dadas. Ao afilhado Artur, que em meio ao trânsito, do alto de seu cadeirão, de dentro do carro me disse: “Dinda, te amo”. À Giovana, afilhada que virá ao mundo em poucos meses e que já faz muita gente feliz. Aos tios, tias, dindos e dindas, sogra e à super vó, que ainda me ensina o que é ter energia.
Ao super acolhedor casal, Marta Musskopf e Vinicius Schwertner, que por acaso vem a ser minha cunhada e meu irmão, por me receberem em seu lar “onde mora gente feliz”, sem restrições, a qualquer hora do dia ou da noite: muito obrigada pelo carinho, pelo Cosmopolitan e, claro, pela ajuda fundamental na elaboração da capa e dos gráficos deste trabalho. Ao Cristiano Schwertner e à Cristina Barbosa, irmão e cunhada, padrinhos de casamento e parceiros na vida acadêmica e pessoal: vocês são minha inspiração para seguir estudando e acreditando no pós-graduação, além de ser um exemplo brilhante de quem sabe conviver. À Suziane Schulte e Gustavo Marmitt, cunhados mais do que surpreendentes, uma espécie de plantão nas horas mais inusitadas: vocês foram sempre presentes para tudo o que eu precisasse.
Ao Cristian Schulte, que se tornou meu marido durante o processo do doutorado e, portanto, suportou irritações, separações e ausências; mas também compartilhou comigo momentos ímpares, de muita alegria e superação. Aos meus pais, Mariza e Roque Schwertner, pela assistência “25 horas”, pelo entusiasmo e atenção e, acima de tudo, por me ensinar o significado da palavra “cuidado”, que transborda carinho – cuidado que, para mim, é a base da amizade, esse tema tão caro que se tornou minha tese de doutorado.
Uma caminhada de estudos pode se parecer um tanto com o bosque escuro e perigoso explorado pela personagem Chapeuzinho Vermelho – talvez pelos tortuosos caminhos a se percorrer, sobretudo quando se adentra as matas densas dos conhecimentos teóricos ou os arbustos espinhentos da fundamentação metodológica. Pode até ser. Mas este jamais é um trajeto percorrido sozinho, e sim um caminho que se trilha na companhia de pessoas muito especiais – algumas nos levam pelas mãos, outras escolhemos para percorrer conosco e outras ainda se atravessaram, surpreendentemente, à nossa frente.
Em primeiro lugar, agradeço àquela que me levou pelas mãos desde 1998 e com a qual, hoje, encerro um capítulo de onze anos de orientação. Não canso de revelar “a paixão de trabalhar com Rosa Fischer”. Com ela aprendi o rigor e o cuidado no trato com os conceitos, a importância na escolha dos objetos de pesquisa e as implicações políticas e sociais de nosso trabalho. Implicações que envolvem, também, uma relação pessoal de muito respeito, admiração e carinho. Rosa, é um orgulho ser orientada por ti, a quem não canso de agradecer: muito obrigada!
Outro importante agradecimento é dedicado a Gustavo Fischman, que me acompanhou durante todo o período do estágio no exterior. Gustavo é um brilhante profissional, incansável estudioso, admirável professor e uma pessoa fantástica. Obrigada pelo acolhimento, pela atenção, pela brilhante escuta, pelas leituras e releituras do texto e pela presença marcante!
Às professoras membros da banca examinadora: Margareth Schäffer, que acompanha meu trabalho de pesquisa desde a seleção ao mestrado, em 2002, até este momento final. Com a Margareth aprendi a valorizar a construção do projeto e a importância das imagens na pesquisa em Educação. À Prof. Neuza Guareschi, que prontamente aceitou participar da avaliação final deste trabalho. Ao Prof. Juarez Tarcísio Dayrell que, por meio de suas pesquisas e discussões teóricas, ajudou a construir este estudo e, agora, participa ainda mais ativamente como membro da banca examinadora. Ao Prof. Gustavo Fischman, pela participação na avaliação do projeto e pelo acompanhamento sistemático na reescrita e retomada da tese. Agradeço também à participação da professora Maria Stephanou, membro da banca de avaliação de projeto, que somou importantes contribuições para a escrita final da tese.
Aos órgãos de fomento de pesquisa, Capes e CNPq, pela concessão de bolsas de estudos no país e no exterior, requisito fundamental para o período de dedicação exclusiva à pesquisa. Aos funcionários do PPPGEDU, nas figuras da sempre lembrada Mary e do Eduardo, extremamente atentos aos pedidos e às inúmeras solicitações.
Agradeço, de maneira especial, à equipe de professores e coordenadores do Colégio de Aplicação, à Prof. Gláucia Raposo, pelo contato inicial e pela receptividade da pesquisa; à Comissão de Pesquisa do Colégio; à Prof. Maria da Graça, sempre disposta a ajudar e encontrar mais um espaço disponível para a organização das diferentes fases do trabalho de campo; às Prof. Fabiana, Josiane, Adriana, Cláudia, Karine, Ana, Fernanda, Pâmela e Raquel, que gentilmente cederam seus períodos de aula com as turmas de sétima e oitava séries para a realização da pesquisa. Aos coordenadores das turmas de sétima e oitava, Fábio Parise e Karen Nodari, que gentilmente me receberam na escola. Aos alunos das turmas 71, 72, 81 e 82, participantes ativos e “antenados”, dispostos a imaginar, falar e pensar sobre suas relações de amizade diante de uma pesquisadora curiosa. Obrigada pelas perguntas, sugestões e atenção ao meu trabalho.
Ao grupo de orientação de pesquisa (Fabiana, Celso, Fernando, Sara, Luciane, Roselene, Amadeu, Soledad, Carmen, Celina, Eliane, Mariane, Marcelo, Laura) que foi se modificando entre 2006 e 2009, e que se constituiu como lugar de encontro e trocas produtivas, sejam elas teóricas, metodológicas ou pessoais: grupo que esteve atento também às minhas inúmeras mudanças tanto de moradia quanto de abordagens de pesquisa.
Aos amigos próximos – ainda que a correria do dia-a-dia nos impusesse certas barreiras de encontro: Fernanda Martins Marques, pela amizade de sempre e pela tradução emocional; Luciene Geiger, por trazer harmonia aos meus ouvidos e à minha mente; Fabiana Marcello, pela presença constante e inspiração essencial para minha caminhada de estudos. A Fabi, como uma grande amiga, me faz pensar diferentemente e questionar uma porção de coisas, além de equilibrar tudo com muito afeto e atenção. Ao Celso Vitelli, pelo carinho, prontidão e pelas importantes sugestões – e empréstimos! – de livros; ao Fernando Favaretto, pelas palavras de incentivo e pelo laço de amizade que só o “Vale” constrói; à Sara Alves Feitosa, pelos alegres encontros fortuitos; Isabel Lima, a luz e a sábia voz; Jane Fischer Barros, pela parceria e por compartilhar comigo momentos tão marcantes das nossas vidas; Gisele Bagatini, pela sensibilidade em me aturar nos momentos delicados e abrir, literalmente, as portas de sua casa; Rita de Cássia da Silva, pela amizade de uma década, iniciada em meio a muita terra e concretizada pela ternura e pelo carinho. Agradecimento especial também para Aline Negruni, Maria Clara e João Pedro por me receberem tão bem em suas vidas.Aos amigos distantes, que tive a oportunidade de conhecer a partir do estágio de doutorado no exterior: Erica Nicole Griffin, Kimberly Eversman, Sandy Patrícia Bonfin, Paula Hall, Akiko Ayashi, Emily Ackman, Sangmi Lee, Aaron Golub, John Ngáski, Denisse Roca Servant e Gabriel Gomez. Muito obrigada por me acolherem de braços abertos e me ensinarem o valor das diferenças.
Aos primos e primas queridos e amados, que, de perto ou de longe, acompanharam grande parte deste trajeto: Pati, Lela, Lice, Ju, Beto, Eliane, Nanda, Gabi, Luciano, Gerson, Simone, Rodrigo; em especial à Melissa, pelas caronas providenciais, à Mônica e ao Lorenço, que me auxiliaram com os “sufocos” técnicos de um trabalho que também se faz digital. Agradeço à minha fofa Isadora, que, nos intervalos saudáveis da escrita, me fez gargalhar como criança, admirar cada folha de árvore, observar o bigode do gato e cuidar com o formigueiro; aquela com quem, mesmo via webcam e a milhas de distância, era possível brincar de caretas. Ela e o curso de doutorado andaram de mãos dadas. Ao afilhado Artur, que em meio ao trânsito, do alto de seu cadeirão, de dentro do carro me disse: “Dinda, te amo”. À Giovana, afilhada que virá ao mundo em poucos meses e que já faz muita gente feliz. Aos tios, tias, dindos e dindas, sogra e à super vó, que ainda me ensina o que é ter energia.
Ao super acolhedor casal, Marta Musskopf e Vinicius Schwertner, que por acaso vem a ser minha cunhada e meu irmão, por me receberem em seu lar “onde mora gente feliz”, sem restrições, a qualquer hora do dia ou da noite: muito obrigada pelo carinho, pelo Cosmopolitan e, claro, pela ajuda fundamental na elaboração da capa e dos gráficos deste trabalho. Ao Cristiano Schwertner e à Cristina Barbosa, irmão e cunhada, padrinhos de casamento e parceiros na vida acadêmica e pessoal: vocês são minha inspiração para seguir estudando e acreditando no pós-graduação, além de ser um exemplo brilhante de quem sabe conviver. À Suziane Schulte e Gustavo Marmitt, cunhados mais do que surpreendentes, uma espécie de plantão nas horas mais inusitadas: vocês foram sempre presentes para tudo o que eu precisasse.
Ao Cristian Schulte, que se tornou meu marido durante o processo do doutorado e, portanto, suportou irritações, separações e ausências; mas também compartilhou comigo momentos ímpares, de muita alegria e superação. Aos meus pais, Mariza e Roque Schwertner, pela assistência “25 horas”, pelo entusiasmo e atenção e, acima de tudo, por me ensinar o significado da palavra “cuidado”, que transborda carinho – cuidado que, para mim, é a base da amizade, esse tema tão caro que se tornou minha tese de doutorado.
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